NODAL ANALYSIS

Saudações a todos amigos e irmãos!
Vejo muitos vídeos na internet com testes de frequência em tampos de violinos. Acho que é um tema muito interessante para tratarmos aqui no fórum.
O que acha irmão Muzell? Poderia nos ensinar um pouco sobre isso?
Eu próprio tenho várias dúvidas tais como: Qual é o equipamento utilizado no teste, quais notas e 7frequencias são abordadas, se isso é só um teste feito em laboratório pelos físicos ou é uma técnica que já está sendo utilizada pelos luthiers e muitas outras dúvidas....kkkkkk
Mas vamos perguntando conforme a participação do pessoal.

CARO RICARDO, EU PARTICULARMENTE NÃO USO E NÃO ESTUDO SOBRE ISSO, EMBORA MINHAS CONSTRUÇÕES SÃO BASEADAS APENAS EM MEDIDAS TONAIS, PROCURO APENAS ENTENDER COMO QUE CADA TAMPO ESTA TRABALHANDO DEVIDO A SUA DENSIDADE, ASPECTO, VEIOS, ETC....CADA MADEIRA É ÚNICA, RESPONDE DE UMA FORMA, CONSIDERO ALTURA DE BOMBATURA, FORMA DE BOMBATURA, TAMANHO DOS TAMPOS ETC. EU ACHO INTERESSANTE OS ESTUDOS SOBRE O TEMA, MAS ACHO QUE PELO MENOS PRA MIM, É CIENCIA DE MAIS KKKK, EU ACHO QUE TEM UM PESSOAL POR AQUI QUE ENTENDE MAIS DISSO....VAMOS AGUARDAR.

Ok Irmão Muzell, eu sempre achei muito interessante, mas sempre tive em mente que é uma coisa mais pra se fazer estudos mesmo. Pois nenhum dos grandes luthiers desde Amati até algumas décadas atrás ninguém nunca tinha ouvido falar nisso. E produziram grandes instrumentos.
Mas o tema está aberto, como o irmão mencionou vamos aguardar as respostas.

Saudações a todos!
Como o Irmão Muzell informou, trabalhar as espessuras dos tampos aplicando apenas as frequencias em si próprio não é o fator decisivo para o sucesso em um instrumento, estudo há um tempo esta técnica,obtive melhoras com relação à aplicação de medidas mecânicas que fazia anteriormente. Primeiramente a qualidade da madeira é primordial, as frequências estão relacionadas ao fator de rigidez do tampo, e juntamente com a frequência a forma e altura da bombatura e sgucia devem ser levadas em consideração. Teoricamente o objetivo é obter placas mais leves com frequencias mais altas para ter um violino com características exigidas por um solista, frequencias mais baixas resultam em um instrumento fácil de ser tocado, mas com propagação um tanto limitada. Nesto ponto a qualidade da madeira é crucial, bem como a escolha correta da bombatura e sgucia. O excesso de madeira produz perda de energia e vibração pela resistência causada pelo material, a falta de madeira produz um timbre cavernoso e nasalado. São trabalhadas duas frequências isoladas, dentre as muitas achadas em um tampo de instrumento, uma é chamada modo 5, e outra de modo 2 que deve ser exatamente a metade da frequência escolhida para o modo 5. Os materiais e instrumentos para realizar o estudo é um computador com software analisador de espectro de frequências (uso Audacity), um gerador de audio que gere frequencias entre 200 a 600 HZ, um amplificador de áudio e uma caixa com alto falante com uma potencia razoavelmente alta.
O modo 5 é a frequencia fundamental de ressonancia do tampo, muitos construtores a aplicam batendo no tampo e ouvindo a nota que ele vai soar, se deixar um tampo soando em fá sustenido, e fazer o teste do modo 5, vai achar a frequencia em torno de 370 Hz.
Como o Irmão Muzell disse acima, não é apenas este detalhe que vai determinar o sucesso de um instrumento, temos muitas variantes e detalhes que devem ser observados.
Sei que é um tema um tanto controverso, uns gostam, outros não, outros o aplicam de forma resumida sem se dar conta e tem ótimos resultados.
Espero ter ajudado, qualquer coisa vamos falando.
Abraços a todos

Muito bom Alan, dá pra unir as duas técnicas e alcançar um bom resultado.